“E, cheio de angústia, orava mais intensamente” (Lucas 22.44)
Jesus está no jardim. Não um lugar de flores, mas de oliveiras. Está no lagar, uma “prensa de azeite” (Getsemani), onde as azeitonas eram espremidas para extração de óleo.
Deixou os discípulos na entrada e se dirigiu ao interior do olivedo, ajoelha-se na pedra do lagar. É o momento da decisão. Ele se põe a orar. Quanto mais aflito, mais intensamente se derrama em oração. Passa sozinho por uma hora de angústia.
Jesus está enfrentando o lagar da oração. Ali está sendo prensado. Ali começa a morrer. Não serão as bofetadas que o machucarão, ou as chicotadas que o martirizarão. Nem a coroa de espinhos que o ferirá. Nem, tão pouco, os pregos que o afligirão. No lagar da oração, que ele sofre mais. No lagar da oração, que ele se entrega em amor. Ali, no Getsemani, está sendo pisado pelos nossos pecados.
No lagar da oração de lágrimas, que as suas forças se renovam. No suor da oração que seu coração vence as tentações. Na oração que o seu sangue começa a verter pelos nossos pecados. Mas, é no lagar da oração que Deus o sustenta, que os anjos o socorrem.
Ali, Jesus aceita a vontade do Pai.
Ele sai do jardim como azeite. Não há mais retorno. Ele está pronto para a cruz. Os soldados chegam para levá-lo. Ele será crucificado.
Jesus é nossa Páscoa!
Pr. Luiz Roberto
#memorialdequarentena