“E Jesus assentou-se à mesa dizendo: Tenho desejado muito comer esta Páscoa convosco, antes do meu sofrimento” (Lucas 22.15)
Jesus estava emocionalmente abatido. No início da semana, chorou copiosamente a morte do seu amigo. Em um grito angustiante, clamou para que Lázaro deixasse o túmulo, num gesto de que Ele mesmo o substituiria naquele sepulcro.
Agora, sentado à mesa, diante de uma refeição que lembrava o seu próprio sacrifício. O clima era tenso. Os discípulos sabiam que Jesus corria risco de morte. Um estava revoltado com a passividade de Jesus; outro, pronto para defendê-lo até a morte. Dois, querendo um lugar de destaque entre os demais.
A mesa é um lugar sagrado para a família. Mas, também, é o lugar onde se mostram todas as nossas fragilidades.
A maneira de se alimentar revela muito de cada um. Um olhando para o outro. Nada fica oculto. A alegria de um, a tristeza do outro; um faminto, outro sem apetite.
Jesus desejou ardentemente aquela refeição. Nos grandes desafios da vida, a mesa agrega as nossas forças. Porque a mesa é lugar não só do alimento, mas da confissão, da restauração e do perdão.
A cruz é a mesa do cordeiro sacrificado, do sangue derramado e da carne rasgada. Pois, disse Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele” (João 6.56).
Uma Feliz Páscoa!
Pr. Luiz Roberto
#memorialdequarentena